Os raios cósmicos são partículas extremamente penetrantes, dotadas de alta energia, que se deslocam a velocidades próximas à da luz no espaço sideral. Portanto, raios cósmicos não são raios, mas partículas. O estudo de raios cósmicos começou como uma busca de conhecimento a respeito do universo e de suas origens. A pesquisa, no entanto, levou a descobertas de interesse para outras áreas do conhecimento e chegou a gerar preocupação quanto aos efeitos da radiação cósmica sobre os seres vivos. Além disso, as altas energias dos raios cósmicos fazem deles um instrumento para o estudo do interior do núcleo atômico e da estrutura das partículas subatômicas.
Raios Cósmicos primários e secundários
Raios
cósmicos primários são aqueles que atingem a Terra provenientes do espaço. A
radiação cósmica primária atinge a alta atmosfera e interage com seus átomos.
Na colisão, além do núcleo atingido geralmente desintegrar-se em seus nucleons
constituintes (prótons e nêutrons), é produzida uma multidão de partículas
secundárias — píons, káons, híperons, anti-prótons, elétrons etc.. A partícula
primária, que retém a maior parte de sua energia após a colisão, bem como as partículas
produzidas, interagem com novos núcleos, formando uma cascata de partículas
radioativas, que decaem de diversas maneiras formando raios gama, elétrons,
múons e neutrinos. Os raios cósmicos secundários são estas partículas
produzidas na atmosfera.
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